quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Educação e tecnológica


“O homem é produto do meio, da raça e do momento”, já dizia Machado de Assis.
E o momento a que me refiro é o da era digital, iniciada no fim do século 20, que traz, como herança, a revolução do conhecimento e da tecnologia. Vivemos cercados por recursos tecnológicos. Na medicina, vidas são salvas graças aos avanços tecnológicos. Nas atividades financeiras, sacamos dinheiro, efetuamos depósitos e pagamentos em caixas eletrônicos, sem interagir com um humano. Em nosso dia-a-dia, temos o elevador que, com simples toque de um botão, nos leva ao andar desejado.
Em casa, antes mesmo de aprenderem a falar corretamente, nossas crianças já sabem usar o controle remoto da televisão. Nas escolas, já existe a lousa eletrônica em substituição ao quadro-negro, onde o professor, por meio de uma caneta eletrônica, pode acessar arquivos e buscar páginas na internet.
Os laboratórios de informática e de ciências complementam os livros e a sala de aula. Através de login e senha, os alunos já podem fazer suas tarefas em casa via internet. As universidades, por sua vez, já oferecem cursos de ensino a distância.
Esses são apenas alguns exemplos que nos levam a pensar sobre a evolução tecnológica. Diante dessa realidade, nós, pais e educadores, não podemos deixar de nos preocupar em “alfabetizar tecnologicamente” nossas crianças e jovens para que possam compreender melhor o mundo que nos rodeia. Mas como? Qual a melhor maneira?
Grandes empresas, em nosso País, já estão encontrando essas respostas, pois elegeram o setor da educação para desenvolver suas propostas de responsabilidade social e lançaram projetos de educação digital para escolas públicas e funcionários de empresas cadastradas. Projetos que contam com a parceria de órgãos estaduais, instituições responsáveis pela educação em cada Estado.
Outra maneira encontrada por várias escolas para responder ao desafio pedagógico do uso dos recursos tecnológicos foi criar departamentos de tecnologia para capacitação dos professores para tirarem o máximo proveito da interação entre alunos e recursos tecnológicos.
Como são habituados à comunicação eletrônica e a receber grandes quantidades de dados e mensagens, os alunos geralmente confundem isso com informação fundamentada e conhecimento. Cabe à escola, nesse momento, um papel importante na educação e na orientação dos alunos sobre como se relacionar, de maneira eficiente e produtiva, com o grande universo on-line, principalmente no que se refere às pesquisas realizadas via internet.
Sabemos que não basta oferecer tecnologias se não prepararmos nossas crianças para uma educação que ensine a pensar. Essa, por sua vez, deverá ser alicerçada nos quatro pilares da educação que devem moldar o aprendizado: aprender a aprender, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser. As tecnologias não produzem nada sozinhas. O homem é o seu grande provedor e usuário, e só ele definirá uma utilização adequada ou não.
Pollyana Vieira de Andrade é pós-graduada em Computação na UCG, especializada em Consultoria na Fundação Getúlio Vargas e coordenadora de Informática no Externato São José.
Fonte: O Popular

Copiado literária do site blog.esab.edu.br/category/e-learning/ Acessado em 19 de agosto de 2009.

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