quarta-feira, 19 de agosto de 2009

A Tecnologia e a Arte


De acordo com Lévy o engenheiro de mundos surge, entao, como o grande artista do século xxi. ele provê as virtualidade, arquiteta os espaços de comunicação, organiza os equipamentos coletivos da cognição e da memória, estrutura a interação sensório-motora com o universo dos dados como por exemplo a World Wide Web que é um mundo virtual que favorece a inteligência coletiva.
Dentre o mundo virtual podemos distinguir dois grandes tipos: aqueles que são limitados e editados, como CD-ROMs ou as instalações “fechadas” (off-line) de artistas; e aqueles que são acessíveis por meio de uma rede e infinitamente abertos a interação, a transformação e a conexão com outros mundos virtuais (on-line). Não há nenhum motivo par opor on-line e off-line como algumas vezes é feito. Complementares, eles se alimentam e se inspiram reciprocamente.
Simetricamente, os mundos virtuais acessíveis on-line podem alimentar-se com dados produzidos off-line e alimentá-los de volta; são essencialmente meios de comunicação interativa.
Assim podemos experimentar a beleza que repousa na memória das antigas culturas, como aquelas que nascerá das formas próprias da cibercultura. Assim como o cinema não substituiu o teatro mas constituiu um gênero original com sua tradição e seus códigos originais, os gêneros emergentes da cibercultura a musica tecno ou os mundos virtuais não substituirão os antigos. Irão acrescentar-se ao patrimônio da civilização enquanto reorganizam, simultaneamente, a economia da comunicação e o sistema das artes.


LÉVY, Pierre. Cibercultura. 1 ed. São Paulo: editora 34 Ltda, 1999.

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